sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

As revoluções no Oriente Médio e as Redes Sociais

Desde que as redes sociais, especialmente o Google, Facebook, Twitter e Youtube foram apropriados, conseguimos observar o poder e a capacidade de todo e qualquer movimento com base nas tecnologias. Acontecimentos são coordenados e sustentados através do sistema de troca de informações. O ciberespaço é o lugar onde as ações políticas podem ser iniciadas de grupos sociais para influenciar a sociedade, os grupos se articulam facilmente com menos controle.

O ditador da Tunísia foi derrubado em menos de um mês após estar no poder por 23 anos. O Twitter e o Facebook permitiram que os manifestantes organizassem a oposição, buscassem novos membros e finalmente tomassem as ruas para declarar o poder sobre as forças militares. Basta um computador e uma conexão de internet, o preço para que a massa de oposição se comunique instantaneamente como nunca aconteceu na história do mundo.

A vida na era digital mostra que nada pode ser escondido por muito tempo, a crise pode ocorrer em qualquer país de regime autocrático no planeta. Os autocratas perceberam que é difícil controlar protestos inorgânicos, não organizados. A capacidade que o mundo virtual possui de organizar uma manifestação de uma hora para outra em decorrência a comprometimentos, crenças e de pessoas similares numa comunicação estreita alterou a natureza política e das revoluções, derrubando a ditadura no Oriente Médio.

Um ditador que controlou uma sociedade por 23 anos, e recebendo 89% dos votos em uma eleição ¨declara¨ que o regime é corrupto. Em uma sociedade onde existe democracia, nada se mantém por esse longo tempo com 89% de apoio. A revolta no Egito é resultado direto do sucesso da revolta na Tunísia. As redes sociais estão novamente no centro da revolta.




O serviço de internet foi cortado, essa foi a medida extrema da ditadura. Logo a ferramenta que é fundamental para a revolta popular e para a economia do país. O Google e Twitter se uniram contra o apagão de Mubarak e viabilizaram um sistema de conexão com a internet para publicar mensagens no Twitter.


Com a economia dependente da internet e telefonia fixa, o governo cria grandes problemas ao intervir em serviços de comunicação. O governo que tenta fazer isso por longo tempo terá sua receita tributária despencando e mais pessoas revoltadas oportunizando maior número de problemas.

As novas tecnologias permitiram que uma nova geração de árabes mobilizasse as massas para derrubar a tirania. As redes sociais conseguem movimentar pessoas com tanta agilidade que tornaram incapaz uma reação rápida para obstruir o movimento.

Com base nos acontecimentos podemos formar uma ideia do que poderá vir na próxima geração. Os governos estão ameaçados pelo movimentos criados pelas redes sociais e sua divulgação, sem poder de censura.

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